terça-feira, 10 de março de 2015

O Lago


Já havia lido e me apaixonado
pelo bruxinho inglês quando fui ver o filme,
temendo pelo resultado porque sempre desejamos
que as imagens que nossa fantasia realiza
quando lemos qualquer coisa,
sejam as imagens reveladas na tela,
Criadas por qualquer cineasta no entanto,
mesmo aquele que é genial,
o filme nos decepciona.

em primeiro lugar porque o livro não é o filme.
Livro e filme são duas linguagens diferentes,
depois porque a tela
revela um imaginário que nada tem com o nosso
porque somos inexoravelmente... outras pessoas,
não somos nem o diretor, nem o escritor.

Deixando de lado as considerações acima.

O filme começou bem.
O jovem ator me encantou e seus amiguinhos, professores,
o guarda caças, o primo, os tios
satisfaziam perfeitamente minhas pretensões co- autorais.

quando nos aderredores da escola,
os novos alunos
tomam os barcos
para chegar ao castelo,
eu ouço uma alusão orquestral ao Lago dos Cisnes.

Claro que atenta ao desenrolar das cenas

eu registrei o fato

mas empurrei pro lado minha estranheza

e me fixei na trama.

Depois de um tempo, comentários,
opiniões, tergiversações várias,
concordâncias e contradições,
críticas e interpretações desenvolvidas
O lago dos cisnes fez todo o sentido para mim,

o patinho feio que deixava a casa dos tios "patos"
era o belo cisne, invejado e admirado no colégio interno

Aquele que recebia as mais atentas instruções
dos professores mais destacados da escola,
o que tinha os melhores amigos,
que foi destinado para a mais desejável Casa.

As perdas que ele sofre são as perdas da adolescência:
irreparáveis. Instâncias insubstituíveis.
Senha de ingresso ao mundo adulto.

Tudo vai fazendo nexo.

Por que então fui traída por autora e roteiristas no final da Saga?



                                       
                                                                                               Foi assim...      Até já.


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